Quinta-feira , 18 de Agosto DE 2011

Desilusão

É impressionante como nos podemos enganar com as pessoas. São hipócritas, cínicas, falsas. Fazem-se de vítimas e nós, que sofremos na pele todo o sofrimento e desilusão, ainda somos culpados, apontados.

Nunca pensei dizer isto de alguém do meu próprio sangue, mas hoje, mais uma vez, tive a prova de que ele é assim, e de que existem pessoas assim. Podem fazer-lhe tudo, e quando digo tudo, é mesmo tudo, que mesmo assim nós somos os culpados, nós somos os provocadores, aqueles que se afastam, aqueles que têm problemas, aqueles que não o compreendem.

Realmente, não o consigo compreender. Realmente, é algo que não entendo, que não percebo o motivo, a razão para tal comportamento, para tal atitude. A desilusão estampada nos pais, a desconfiança, o ciúme estampados nos olhos dele, é algo que me gela por dentro, me delicera o coração, deixando-o a sangrar, deixando-o a morrer aos poucos, aos poucos e poucos, como duma bomba prestes a findar com um ser que nunca deveria ter nascido.

Às vezes, penso se serei mesmo eu o impulsionador de tal ciúme, de tais comportamentos de desconfiança, mas não percebo o porquê. Sou sossegado, calmo, vivo a minha vida sossegadamente, sem prejudicar os outros, sem qualquer mal para com os outros, ajudo-os no melhor que posso e consigo, dou o meu melhor, e não hesito em estender a mão quando mais necessitam. Mas, estas atitudes têm minado o meu coração, o meu sentimento, a minha afinidade. Poderei aqui estar o resto do dia a dizer o que sinto, mas a minha vontade é isolar-me de todo o mundo, viver a minha vida e não ter mais problemas, seja de que espécie for. Mas, de que me adianta fugir? De que me adianta fugir dos problemas? Vou ter de viver com eles uma vida inteira, ainda mais, fugindo irei ter sempre estes problemas na minha cabeça, a atormentar-me, a pensar que algum voltarão, tal e qual se passou com a minha mãe.

A verdade é que, hoje, que deveria ser um dia feliz cá em casa, é um dia de pranto, um dia de sofrimento para mim, um dia de pura mágoa, amargura, raiva, revolta, frustração. Não sei se é ódio, o que sinto, mas é uma enorme repulsa por esta pessoa, pelas suas atitudes. Não as compreendo! Penso que é doente, mas também não se quer tratar. Já pensei em bipolaridade, em esquizofrenia... Sei lá, já pensei em tanta coisa, tanta coisa que me tem consumido, que me vai consumindo, até que um dia seja realmente o meu fim e, nesse dia, que já esperei mais que chegasse, talvez uma paz me abrace e me eleve de toda esta mágoa.

É uma enorme deilusão. Não consigo expressar por palavras o que sinto. Este sábado é o meu dia! Mas, que raio de dia será? Um dia de hipocrisia? Um dia em que por uns instantes veste uma capa de cordeiro arrependido, para depois, voltar a vestir a capa de vítima, de apontador? Nada fiz, mas estou farto de chegar a casa e ver a minha mãe a chorar, o meu pai triste, impotente, sem reacção, todos os dias uma enorme desilusão, todos os dias em puro estado de nervosismo e de ansiedade. Como podemos viver neste estado? Como podemos ser bem sucedidos na vida, no trabalho, entre os amigos, se é este o ambiente que vivemos? A minha vontade é sair de casa, mudar-me, mas, por outro lado, não posso abandonar os meus pais, não posso deixá-los com esta batata quente.

Apetece-me desaparecer por uns tempos, mas ir para onde? Fazer o quê? Contar com quem? Começo a sentir desconfiança de todas as pessoas. Não consigo mais confiar, não consigo mais acreditar na boa vontade. Esta pessoa, sangue do meu sangue, era a minha inspiração, quando pequeno era. Era a pessoa que eu queria ser quando fosse maior. Como pode uma pessoa mudar tão radicalmente? Dizem-me para conversarmos com ele, para tentarmos perceber o que o atormenta. Mas, será que ninguém entende que ele não vai com conversas? Se conversarmos com ele, começa logo a discutir, a apontar-nos o dedo, a culpar-nos por ser como é.

Umas vezes, acabo por ter pena dele, pois sei que ele é doente, precisa de ajuda psicológica, mas como posso ajudá-lo? Como posso lidar com toda esta situação sozinho? Este sábado faço duas décadas mais um ano. A idade em que antigamente se atingia a maioridade. Como posso estar sossegado e aproveitar este grande dia?

Sou uma pessoa alegre, divertida, mas a minha vontade é isolar-me, ficar sozinho! Ao mesmo tempo, acho que ele não merece que faça isso. Muito pelo contrário, deveria erguer a cabeça e estar com as pessoas que amo, revoltar-me se assim necessário fosse. Será possível? Só queria ter paz e sossego. É pedir muito?

publicado por rapazmisterio às 14:39
Domingo , 14 de Agosto DE 2011

Fim Desejado e Início tão Proclamado

O sol bate de frente, como uma pincelada de negro que a visão nos tapa, como um grito de um corvo nos assusta, como numa noite solitária, vivendo.

Cremos que nada poderia ser, que não poderia ser pior, que nada mais poderia acontecer, a verdade é que dói, a verdade é que surpreende, a verdade é que nos magoa.

Magoa-me pensar no que seria se assim continuasse, se assim me mantivesse, de braços cruzados, como telespectador passivo, sem nada fazer, sem nada tentar, sem nada querer mudar, como se não pudesse, se não quisesse, como se não quisesse mudar com medo da mudança. Estou sozinho, sim. Dói-me, sim! Mas estou certo que a decisão mais correcta tive coragem de tomar, de me libertar, de seguir caminhos opostos, mas que com o contornar dos buracos, sozinho os detectarei, neste momento, mais facilmente os evitarei, mais facilmente chegarei ao meu destino, e como antes tinham-me confidenciado, mais facilmente encontrarei o meu tão desejado porto de abrigo.

Estou consciente que rapaz já não sou, que homem me tornei, e ainda mais tal se comprova com a atitude que tomei. Poderia ter-me aproveitado da sua fragilidade, poderia ter satisfeito meu desejo, meu prazer, mas em contrário preferi protegê-la de maior dor, de maior desilusão, de maior sofrimento. Não sei se sofre, não quero saber! No fundo, até quero saber, mas também acredito que a passividade com que aceitou, tamanha decisão, talvez já fosse esperada, ou desejada, mas a coragem lhe faltasse.

Parece uma BD, assim se poderia publicar, com vários capítulos, com um final tristemente alegre, mas que será o melhor. Dói pensar o que seria se ainda nos mantivessemos unidos, dói pensar no que seria se uma mentira mantivesse a alimentar. Assim, vidas opostas devemos seguir, para da melhor forma podermos crescer, evoluir, e a felicidade de novo alcançar.

Sim, fui feliz, mas talvez não tão feliz como pudesse ter imaginado. Não fui muito feliz. Fui feliz, meramente! Entristece-me, e entristece-me a ideia de talvez ela não ter sentido o mesmo, não me ter compreendido, não me ter ajudado e, ainda me culpar. Arranjar culpas para se desculpar.

Procuro novo porto de abrigo. Novo porto, onde possa atracar, soltar âncora e aí ficar, e em casa sentir que estou. Se vou conseguir encontrar as coordenadas certas, não o sei, mas sem tentar não vou ficar.

Está quase a chegar a hora de um futuro enfrentar. Um futuro que quero risonho, que quero viver e aproveitar o que de melhor a vida tem  para me dar e, àquilo que eu quero e dou valor!

Até amanhã!

publicado por rapazmisterio às 19:53
Quarta-feira , 10 de Agosto DE 2011

Um Ponto Final

É verdade, um ponto final tive de colocar numa relação de mais de oito meses. Por muito que me custe e me tenha custado, achei que fosse o melhor que fizesse.

Seria impossível continuar, com expectativas de ambas as partes a não serem cumpridas, com desilusões constantes, com situações que eu não podia acompanhar. Custa-me admitir que a principal causa tenha sido a diferença de condições financeiras, mas é verdade. A constante tentativa de organizar programas que não poderia financiar, ditou mesmo o fim da relação. A juntar a isso, a desconfiança, a falta de compreensão. Tudo junto, levou-me exactamente a não aguentar toda esta pressão que há uns meses me acompanha.

Nem é tanto pelo ambiente opressivo que se vive em casa, no ambiente familiar. É mais o facto de não conseguir ter tempo para tudo, prestar atenção a todos. Existem relações que necessitariam de maior acompanhamento, de um maior investimento. Mas, por outro lado, também penso se ela não deveria ter uma maior consideração pela minha situação complicada. Vivemos tempos difíceis em todos os aspectos da vida económica e financeira. E a aliar a tudo isto, ainda existe os problemas crescentes com o meu irmão. Não deveria ela ser mais compreensiva? Posso estar a ser egoísta, mas ela também nas discussões que tivemos. sabia que não andava bem e, em vez de me tentar ajudar, apoiar, não, queria exclusividade, queria-me só para ela, a tempo inteiro. Se vocês vissem a vossa família a afundar-se, a precisar de apoio, será que tentariam reunir esforços para os ajudar? Pois, é o que eu penso que se deveria fazer. No entanto, não é essa a opinião dela, ou melhor, aquilo que ela faz. Mais não posso tentar. Cheguei a uma altura do campeonato em que me tenho de dedicar realmente àqueles que me valorizam e que gostam realmente de mim, e não por capricho.

Também não quero pintar um quadro negro sobre ela, caso contrário nunca teria namorado com ela. Mas, a situação complicou-se de tal forma, que não há volta a dar. Quando estamos numa relação e não sentimos que o outro nos quer ajudar, que apenas se interessa por ver os seus interesses alcançados, penso que não é um sentimento de realidade, um sentimento verdadeiro.

E mais uma discussão cá em casa se despoleta. Bem, até amanhã!

publicado por rapazmisterio às 13:57
Domingo , 07 de Agosto DE 2011

O Regresso

Bem-vindo a mim!

Há imenso tempo que não me dou ao enorme prazer de escrever aqui, de aqui publicar as minhas dúvidas, os meus problemas, as minhas oportunidades, as minhas vitórias. Pois agora, com um pouco mais de tempo, voltei. Vamos a ver até quando durará.

Talvez aquilo que tenha motivado o meu regresso, tenha sido o facto de o amor, a paixão, os problemas, tudo isto ter de voltar, inevitavelmente, e de eu pensar que existem pessoas com extrema dificuldade em enfrentá-los, em encará-los de frente. Até como às vezes se costuma dizer: "de enfrentar o touro pelos cornos".

A verdade é que, já não sei o que sinto. O que sinto pela minha namorada, pelo meu irmão. Sinto uma confusão de sentimentos, uma baralhação de pensamentos, de situações vividas voltarem de novo. Não sei!

Em menos de um mês, parece que toda a confiança desapareceu e, agora reina a cepticidade, a confusão, o baralhamento. Aquela motivação, aquele desejo, aquele amor, deu lugar a dúvidas e, mais dúvidas. A problemas e mais problemas. Deu lugar ao medo de colocar o pé em falso. Deu lugar às dúvidas sobre o futuro, como o futuro será, como será a reacção ao surgirem verdadeiros problemas, verdadeiros dilemas a resolver. Haverá amor suficiente, haverá compreensão, razão? Haverá sinceridade? Tudo isto me tem colocado enormes dúvidas, enormes voltas na minha cabeça, no meu pensamento. Que fazer? Que poderei prever? Deixarei levar-me e ver no que dá? Mas, eu não sou assim.

Neste momento, precisava de encontrar uma paz interior. O pior, é que tenho a sensação que sei como conseguir alcançar essa paz interior, mas não sei como será, como irão reagir. O medo! Maldito sejas. A incompreensão, pior ainda!

Respirar fundo e, seguir em frente.

publicado por rapazmisterio às 15:30
Terça-feira , 01 de Fevereiro DE 2011

Eterno Agradecimento

Um ponto de luz se acende dentro da minha alma, conduzindo-me estrada fora, ao teu encontro, ao teu caminho, fazendo-o cruzar.

 

Amar-te,

Tal sentimento

Meu peito invadiu, sem autorização

Com tal rompimento

Que bater mais rápido o meu coração.

 

Sinto-te junto de mim,

Não ontem, não hoje, mas sempre

Porque longe do fim

No fim juntos estaremos loucamente.

 

Tão depressa apareceste

Tão depressa me assaltaste

Tão depressa rompeste,

Com tal sedimento me colaste...

 

Colaste-me a ti,

A ti tenho dificuldade em me descolar,

Porque no limiar de mim,

A ti te quero apanhar para nunca mais separar.

 

Luz da vida,

Sentido da razão,

Assim significas para mim,

Hoje, amanhã, para sempre na minha mão.

 

Na minha mão quero a tua sentir,

Sentir o teu aroma, o teu perfume,

Para que juntos possamos partir,

Para a eterna chama do lume.

 

A ti te quero,

A ti te desejo,

A ti te amo,

Contigo, a vida faz sentido

Contigo, o sol brilha na neblusidade

Contigo, a noite se ilumina

Contigo, na água respiro

Contigo, no ar ando

Contigo, no fogo ardo

 

Fogo do amor,

Fogo da paixão

Fogo do desejo

Fogo de te querer...

 

Quero-te porque minha és

Quero-te porque juntos fazemos sentido

Quero-te porque nos completamos

Quero-te porque te amo

 

Amo-te como no primeiro dia

Amo-te como te amei sem saber

Amo-te como sempre te irei amar

Amo-te porque não conheço mais nenhuma forma de sentir

 

Sinto-te aqui

Sinto-te na ausência

Sinto-te cá dentro

Sinto-te sentindo

 

E te sentindo sou feliz,

Feliz por te amar

Feliz por me amares

Feliz por te ter

Feliz por te abraçar

Feliz por te olhar

Feliz por te fazer sorrir

Feliz por te poder ter

Feliz porque te faço feliz

Feliz porque te quero

Feliz porque minha vida tem sentido

Feliz porque sei o significado do amor

Feliz porque te amei, amo e sempre amarei...

 

Amor, Felicidade... Obrigado por me ensinares o significado destas palavras.

publicado por rapazmisterio às 20:50
Quinta-feira , 20 de Janeiro DE 2011

O Reino Animal do dito Ser Humano

Como posso negar o que sinto, se o que sinto é superior a qulaquer outro sentimento antes sentido, antes vivido, antes constatado. Temo cair numa rede enfeitiçada, numa rede que me impeça ver a verdadeira realidade, que me tape a racionalidade, mas o que é o amor que não um estado inconsciente, um estado efémero, nutrido de espontaneidade, de um sentimento puro, transcendente a nós, transcendente ao que nós podemos viver, transcedente ao que nós podemos controlar?

Tento aperceber-me do que se está a passar, tento ser racional, mas o coração impede-me, lutando para ser espontâneo, naquele acto, naquela perfeita união entre dois seres, dando razão ao que se apela pela sua camaradagem de vida, pela sua verdadeira essência da vida. Tento manter-me racional, mas para quê, se em ti quero mergulhar, embrenhar-me em tudo quanto significas, em tudo quanto és, mergulhar naquilo que posso fazer enquanto condição de homem que deus me deu, enquanto condição de vida, que a mim foi destinada? Como posso querer neutralizar estes sentimentos com a racionalidade, se a racionalidade não passa de um instrumento dos intelectuais, idiota, desproporcionado, que não mais engraçado seria vivermos como selvagens, nus, como viemos ao mundo, pois assim somos, pois assim significamos, mais do que é paupável, mais do que é constatável, pois somos assim, feitos de carne e osso, de sentimentos e de desejos, o desejo mais primitivo de qualquer ser vivo, ser humano, em particular, nesta terra, neste planeta, neste universo que habitamos, que ocupámos sem licença pedir, pois sabemos ser aceites, pois outro remédio não terão, pois sabemos que é na espontaneidade, na primitivez da vida, dos institos, do facto animal que nós somos, ignorando a racionalidade, que a perfeita união se poderá dar, que a vida se poderá propagar e que o desejo se poderá saciar, com tamanha avidez, com tamanha saciez, que mais parece famintos de fome, este povo, estas pessoas, eu. Faminto, sedento de desejo de paixão, por amar o ser amado, por querer encontrar a verdadeira razão da vida, a verdadeira essência de sermos feitos, a verdadeira razão para existirmos, não podendo nós ignorar os nossos factos mais institivos, mais selvagens, pois se isto é ser selvagem, primitivo, instintivo, pois então, sou selvagem, primitivo e quero, mais do que nunca, dar razão à vida que me foi concedida, à vida que me foi proporcionada, pois o estado de que falo, pois o estado porque todos desejamos é alcançável, só aos que, tal como no reino animal, como muitos o chamam e como nós não fizessemos parte dele, a fêmea escolheu.

publicado por rapazmisterio às 15:01
Sábado , 04 de Dezembro DE 2010

Finalmente, posso amar-te e tu podes amar-me a mim!

Chegou o momento de sentir o amor e deixar-me levar.

Chegou o momento de amar e ser amado.

Chegou o momento de pensar em ti e deixar-me adormecer contigo na minha mente.

Chegou o momento...

 

Que mais posso dizer? És tu a verdadeira rapariga que começou a deixar-me doido de amores, que começou a tirar-me horas de sono, que começou a deixar-me com aquele nervosinho miudinho no estômago.

Ontem, começou uma relação que espero que seja por muito e muito tempo, e que ambos possamos crescer com ela e, tirar todo o partido dela. Somos novos, estamos na flor da idade, mas já somos crescidos o suficiente para perceber o que se está a passar connosco e para lidarmos com este grande sentimento.

Na minha opinião, é o sentimento Mãe dos sentimentos. É único, é um estado genuíno da alma, duma entrega incrível, duma entrega em todo o seu esplendor. Amar, ser amado, é um estado único na nossa vida.

Todas estas intimidades e brincadeiras que temos, vão ficar para sempre, para contar aos nossos filhos, aos nossos netos, aos nossos bisnetos.

Finalmente, posso amar-te e tu podes amar-me a mim.

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publicado por rapazmisterio às 20:19
Quinta-feira , 26 de Agosto DE 2010

Amo-te, que mais poderia ser?

Como posso duvidar deste sentimento, se é ele que me dá o ar que respiro, se é ele que ilumina o meu caminho?

Como posso duvidar de tal sentimento, se é ele que me mantém a chama da paixão viva, a chama da esperança acesa, mais do que nunca, mais do que pudesse imaginar?

Hoje, agora, sei que pode tornar-se realidade.

Basta esperar.

Basta ter um pouco mais de paciência, aguardar pelo momento oportuno, se esse momento existe, pois todos os momentos se tornam especiais contigo.

Basta estar a pensar em ti, tu a pensares em mim.

Basta ouvir a tua doce voz, ou receber uma simples mensagem tua.

Basta ter um gesto de carinho para contigo, ou tu para comigo.

Basta ter a tua confirmação a um encontro, a uma combinação nossa.

Basta ter-te a meu lado e poder agarrar-te, abraçar-te, beijar-te, sentir o cheiro do teu cabelo, sentir o doce toque da tua pele na minha.

Basta poder tocar com os meus lábios nos teus.

Basta poder olhar para ti e ver-me reflectido.

Basta reparar no teu doce olhar.

Como posso não te amar?

Como posso deixar de pensar em ti?

Como posso pensar em desistir?

Como posso deixar de te desejar?

Falta-me o ar, falta-me o chão, o céu desaba, o mar me invade, o ar me sufoca.

Tu és o meu reflexo, eu o teu.

Vivemos um para o outro, vivemos para nos amar e, basta amarmo-nos para encontrarmos a felicidade escondida, a felicidade perdida.

Basta amarmo-nos para reencontrar o equilíbrio da união perfeita, para te encontrar em ti, reflectida em mim.

Amo-te, que mais poderia ser?

publicado por rapazmisterio às 21:00
Segunda-feira , 23 de Agosto DE 2010

Amar Dói

Porquê que o amor pode doer tanto, ser uma dor impossível de suportar, aquela que nos corrói de tal forma violenta, isenta de qualquer sentimento de altruísmo, de qualquer impassividade, isenta de qualquer compaixão por nós, por aquilo que sentimos, por aquilo que podemos fazer pelo ser amado, pela pessoa que nos faz largar suspiros exasperadamente, nos faz acordar com ela na nossa mente, se aloja no nosso pensamento e não sai de lá, não sai de qualquer forma, penetra-nos em tal ordem, numa tal profundidade, que nada podemos fazer, nada podemos cometer, pois nada fará deixar de fazer doer a dor de não ser amado pela pessoa amada.

Dói, dói mais que uma faca a penetrar no coração, dói mais que a perda infalível, dói mais que a falta de ar, a falta de não ser amado, a falta de não ser enaltecido por aquele ser, por lhe ser estranho, alheio, totalmente indiferente, dói o facto de ser desprezado, sei lá, porque simplesmente dói, nenhuma palavra serve para explicar o sentimento da dor que se sente, da impossibilidade de ser amado, de se amar, porque isso é inexplicável, hoje, amanhã, inclusive ontem, dói, simplesmente dói. Dói... Dói.. Dói!!!

E irá continuar a doer até continuar a passar despercebido. Simplesmente dói!

publicado por rapazmisterio às 16:59
Domingo , 22 de Agosto DE 2010

Será agora o momento de amá-la?

Como é possível que, passado tanto tempo, o sentimento seja o mesmo, sentido de forma penetrante, de forma única, de forma genuína e pura?

Tento, incessantemente, descortinar os ramos da Razão, mas não encontro explicação, não encontro razão para o inexplicável. Sob os descortínuos da Razão me perco, como se tratasse dos destroços dum barco naufragado pelo mar da vida, desprovido das ferramentas que, conciliadas, dão à Razão o seu instrumento de trabalho.

Por outro lado, encontro no Coração as respostas para um Amor que não se esquece, que não será esquecido. Encontro o seu rosto, o seu doce olhar, o seu encantado sorriso. Encontro a sua humildade, sinceridade, a sua simplicidade de ser.

Não sei por que razão estes sentimentos voltam neste momento, não sei por que razão os reprimi durante este longo tempo, guardados na profundeza do meu ser, e agora surgem intactos, intactos pelo tempo, pelas circunstâncias da vida.

Hoje, vejo-a como mulher, uma mulher que desejo, que anseio por possuir, uma mulher que anseio por amar, por lhe mostrar o verdadeiro amor, o verdadeiro significado do amor. Hoje, desejo-a como no primeiro dia que acordei com a sua doce imagem na minha mente e, tão inexplicavelmente, o sorriso tolo na cara, estampado na cara.

Temo pela sua segurança. Quero protegê-la, mas as circunstâncias limitaram-me a acção. Quem sabe se a Emoção não me está minando a Razão?

Sinto-me capaz de a ter, capacidade nunca antes sentida. Será a última oportunidade? Restará algo após esta declaração de puro sentimento? Temo ser incauto, precipitado. Não a quero magoar. Não a quero desiludir. Não quero que fique ainda mais confusa, do que já se encontra.

Penso que este sentimento surgiu por uma razão. Penso que o nosso amadurecimento poderá ser essa razão, mas o receio de errar, de a magoar, de a desiludir, deixa-me petrificado no mundo dos pensamentos.

A possibilidade de construção dum lar, de construção de vidas, das vidas dos nossos filhos, deixa-me estarrecido no mundo dos sonhos. Seria maravilhoso!

Quero com ela construir uma vida. Porém, o receio de voltar a criar ilusões assola-me, inquieta-me, demove-me de lhe contar já o que sinto.

Todo o passado surge. Assim como os bons sentimentos, também algumas inseguranças, não todas, mas algumas. Tenho receio de estar a fazer a escolha errada. Ela parece-me diferente. Mais madura, mas mais frágil.

Será agora o momento de amá-la?

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publicado por rapazmisterio às 19:13

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